sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O ANO EM QUE EU NASCI


RockYou FXText


KRAFTWERK

Os Kraftwerk foram fundados em 1970 por Florian Schneider-Esleben (flauta) e Ralf Hütter (teclado) no seu estúdio Kling Klang, na cidade de Düsseldorf, Alemanha. Conheceram-se quando estudavam no Conservatório de Düsseldorf no final dos anos 60, participando da cena experimental da música da época, o movimento posteriormente intitulado Krautrock.



Emil Schult tornou-se um colaborador regular do grupo no início de 1973, originalmente tocando baixo e violino, produzindo material visual da banda e letras.
Após vários álbuns experimentais, o sucesso da banda surge em 1974 com o álbum Autobahn, e a sua faixa de 22 minutos motorik.



A canção foi um hit mundial, demonstrando a grande relação da banda com sintetizadores e outros instrumentos electrónicos. Este álbum foi seguido por uma trilogia de álbuns que influenciou bastante a música popular posterior: Radio-Activity (1975), Trans-Europe Express (1977) e The Man Machine (1978).



Em 1975 formou-se o que ficou conhecido como a formação clássica dos Kraftwerk, para a digressão de Autobahn. Juntaram-se a Hütter e Schneider Wolfgang Flür and Karl Bartos como percussionistas electrónicos.



Em meados de 1999, as gravações originais de Tour de France foram finalmente lançadas em CD, indicando um reinício das actividades da banda. O single Expo 2000, a primeira nova música em treze anos, foi lançado em Dezembro do mesmo ano.



Em Agosto de 2003, a banda lançou Tour de France Soundtracks, o primeiro álbum desde Electric Café, de 1986.



Em Junho de 2005, a banda lançou um álbum ao vivo, Minimum-Maximum, que foi compilado de apresentações da banda durante a digressão europeia no início de 2004, recebendo várias críticas positivas.



O álbum foi galardoado com o Grammy para melhor álbum de música electrónica. Juntamente com o CD, foi lançado um DVD que contém vários vídeos de apresentações em várias localidades no mundo.


O Grupo hoje:
Ralf Hütter
Fritz Hilpert
Henning Schmitz
Stefan Pfaffe

Antigamente:
Florian Schneider (1970-2008)
Wolfgang Flür (1973-1986)
Karl Bartos (1974-1991)
Klaus Roeder (1974)
Michael Rother (1971-1972)
Klaus Dinger (1971-1972)

Discografia
[editar] Álbuns de estúdio
1970 - Tone Float (ainda sob o nome Organisation)
1971 - Kraftwerk
1972 - Kraftwerk 2
1973 - Ralf und Florian
1974 - Autobahn
1975 - Radio-Aktivität (título em inglês: Radio-Activity)
1977 - Trans-Europa Express (título em inglês: Trans-Europe Express)
1978 - Die Mensch-Maschine (título em inglês: The Man Machine)
1981 - Computerwelt (título em inglês: Computer World)
1983 - Techno-Pop
1986 - Electric Cafe
1991 - The Mix
2001 - Expo Remix (junção dos singles Expo 2000 e Expo Remix)
2003 - Tour de France Soundtracks
2005 - Minimum-Maximum
2009 - 12345678: The Catalogue

Singles
1973 - Kohoutek-Kometenmelodie
1974 - Autobahn/Morgenspaziergang
1975 - Radioaktivität/Antenne (em inglês, Radioactivity/Antenna)
1977 - Trans-Europa Express (em inglês, Trans-Europe Express)
1977 - Schaufensterpuppen/Les Mannequins (versões alemã e francesa de Showroom Dummies)
1978 - Spacelab (Edit) (3.37)/The Robots (Edit) (3.48) - Brasil (7")
1978 - Spacelab (5.51)/The Model (3.38) - Brasil (7")
1978 - Die Roboter (em inglês, The Robots
1978 - Das Modell (em inglês, The Model)
1978 - Neonlicht (em inglês, Neon Lights)
1978 - Pocket Calculator/Computerworld - Brasil (7")
1978 - Homecomputer - Brasil (7")
1981 - Computerwelt (em inglês, Computer World)
1981 - Computerliebe (em inglês, Computer Love)
1981 - Taschenrechner/Dentaku (versões alemã e japonesa de Pocket Calculator)
1981 - Mini Calculateur (versão francesa de Pocket Calculator)
1983 - Tour de France
1986 - Der Telefon Anruf (em inglês, The Telephone Call)
1986 - Musique Non-Stop
1991 - Die Roboter (mixada) (em inglês, The Robots)
1991 - Radioaktivität (mixada) (em inglês, Radioactivity)
1999 - Expo 2000
2000 - Expo Remix
2003 - Tour de France 2003
2004 - Aéro Dynamik
2007 - Hot Chip Remixes

Álbuns ao vivo
2005 - Minimum-Maximum (CD duplo)
[editar] Compilações e remisturas
1972 - Kraftwerk (2LP - compilação - UK)
1973 - Kraftwerk 1 (compilação dos álbuns Kraftwerk 1 e Ralf and Florian - Italia)
1974 - Exceller 8 (compilação)
1974 - Highrail (compilação)
1974 - Doppelalbum (2LP - compilação - Alemanha)
1974 - Kraftwerk 2 (compilação dos álbuns Kraftwerk 2 e Autobahn - Italia)
1976 - Collection Atout (compilação - França)
1981 - Elektro Kinetik (compilação)
1991 - The Mix (álbum de misturas)
1992 - The Model (CD - compilação - EUA)
1994 - Three Original - Capitol Years (3CD - compilação - EUA)
2006 - Der Katalog (título em alemão: Der Katalog) (remasterização de álbuns de 1974-2003 - só existe em versão promocional. Não foi lançado comercialmente.)
[editar] Compilações e remisturas não oficiais
1992 - The Remix - Gravadora Smurf(2) www.discogs.com

DVDs
2005 - Minimum-Maximum (DVD duplo)
2006 - Notebook (caixa contendo DVD duplo e CD duplo, com as mesmas gravações de Minimum-Maximum)

Álbuns não-oficiais
1975 - Kometenmelodie (ao vivo no Sartorysäle, em Köln, Alemanha, no dia 22 de Março de 1975)
1990 - Return Of The Mensch-Maschine (ao vivo no teatro Tivoli, em Bolonha, Itália, no dia 7 de Fevereiro de 1990)
1991 - Hyper Cerebal Machine (ao vivo no teatro Apollo, em Firenze, Itália, no dia 19 de Maio de 1981)
1992 - Virtu Ex Machina (ao vivo no Nakano Sun Plaza, em Tóquio, Japão, no dia 7 de Setembro de 1981)
1995 - Toccata Electronica (mixagens externas, versões de singles e músicas raras)
1996 - Oriental Computer (ao vivo no Nagoya Shi Koukai Do, em Nagoya, Japão, no dia 13 de Setembro de 1981)
1997 - Kling Und Klang (um resumo do concerto no teatro Rolling Stone, em Milão, Itália, no dia 17 de Novembro de 1991)
1997 - Tribal Gathering (músicas ao vivo no festival Tribal Gathering, em Luton, Inglaterra, no dia 24 de Maio de 1997 e mixagens externas)
1998 - Concert Classics (ao vivo no Ebbet's Field, em Denver, Estados Unidos, no dia 20 de Maio de 1975)
1998 - The Warfield Theatre Soundboard (ao vivo no teatro Warfield, em San Francisco, Estados Unidos, no dia 07/16/1998)
1998 - Tour de Rio (ao vivo Free Jazz Festival, no Rio de Janeiro, Brasil, no dia 16 de Outubro de 1998)
2001 - Ananas Symphonie (ao vivo no Beggar's Baquet Club, em Louisville, Estados Unidos, no dia 13 de Abril de 1975)
2004 - At The Cirkus (ao vivo no Cirkus, em Estocolmo, Suécia, no dia 10 de Fevereiro de 2004)
2004 - Music & Arts (ao vivo no 5° festival Coachella Arts & Music, em Indio, Estaods Unidos, no dia 1 de Maio de 2004)
2006 - Vitamin Roboter (ao vivo no festival Summer Of Love, em Pardubice, República Tcheca, no dia 19 de Agosto de 2006)
2007 - K4 Bremen Radio (ao vivo no Gondel Kino, em Bremen, Alemanha, no dia 25 de Junho de 1971)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ACÇÃO DE FORMAÇÃO


Dificuldades de Aprendizagem na Infância. Diagnóstico e Intervenção

Objectivos:
Nesta formação, é dada uma visão profunda dos diversos transtornos infantis envolvendo a aprendizagem, seja da leitura, da escrita, da fala, entre outras. No final da Formação os formandos deverão ter competências para identificar as dificuldades de aprendizagem das crianças, as melhores estratégias de intervenção e encaminhamentos necessários face à problemática identificada.

Metodologia:
Exposição teórica, Dinâmicas de grupo, jogos pedagógicos, estudo de casos e debates.

Conteúdo Programático:
• Conceitos e Tipos de Aprendizagem: Visual, Cinestésica e Auditiva;
• Os caminhos neurológicos da Aprendizagem: Funções cognitivas (sensação, percepção, imaginação, emoções, memória, atenção e inteligência;
• Introdução ao Diagnóstico de transtornos e dificuldades de aprendizagem:
• Dislexia
• Dislalia
• Disgrafia
• Discalculia
• Transtornos Emocionais
• Transtornos de Atenção
• Hiperactividade
• Sobredotação
• Síndrome de Asperger
• Autismo
• Transtornos de comportamento opositor;
• Ansiedade;
• Estratégias de intervenção e encaminhamento;

Local:
Lisboa, Policlínica do Areeiro, Av. Guerra Junqueiro, nº15 2º

Data:
31 de Outubro de 2009 (sábado das 10h às 13h e das 14h às 17h);
7 de Novembro de 2009 (sábado das 10h às 13h e das 14h às 17h);

Duração: 12Horas

Preço: 80 euros. Desconto de 20% para estudantes e protocolos.

DATA LIMITE PARA INSCRIÇÕES 26 de Outubro de 2009

Destinatários:
Professores, Psicólogos, Educadores, Pedagogos, Técnicos de Serviço Social, Assistentes Sociais, Auxiliares de Educação, Pais, Estudantes e Todos os Interessados.

Formadores:
Maria de Jesus Candeias, Psicóloga Clínica no Agrupamento de escolas Avelar Brotero, Odivelas, Psicoterapeuta, Formadora Profissional.

Informações e Inscrições: 218 439 319 (das 14h às 20h) ; 96 23 62 861; 91 991 82 25 ou
email: jesuscandeias@gmail.com
http: \\maria-jesuscandeias.blogspot.com

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O ANO EM QUE EU NASCI


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ALMADA NEGREIROS
Pintor e escritor, 1893 - 1970







José Sobral de Almada Negreiros (Trindade, S. Tomé, 7 de Abril de 1893 — Lisboa, 15 de Junho de 1970) foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista.
Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.

Vida
Era filho de António Lobo de Almada Negreiros, um tenente de cavalaria que foi administrador do Concelho de São Tomé e fundador de diversos jornais. Uma parte da sua infância foi passada em São Tomé e Príncipe, terra natal da mãe, Elvira Freire Sobral.
Depois da morte da mãe, em 1896, foi viver em Portugal; nesta altura, em 1900, o pai é nomeado encarregado do Pavilhão das Colónias na Exposição Universal de Paris, deixando os filhos José e António ao cuidado dos jesuítas no Colégio de Campolide.
Em 1911, após a extinção do Colégio de Campolide dos Jesuítas e uma breve passagem pelo Liceu de Coimbra, José entra para a Escola Internacional de Lisboa. Nesta escola, consegue um espaço onde irá desenvolver o seu trabalho, publicando, ainda nesse ano, o seu primeiro desenho na revista A Sátira. Publica também o jornal manuscrito A Paródia, onde é o único redactor e ilustrador.


Painel "Lá vem a nau Catrineta que traz muito que contar."
Autor do painel: Almada Negreiros, 1893-1970.

Em 1913, apresenta, na Escola Internacional de Lisboa, a sua primeira exposição individual, composta de 90 desenhos; aqui trava conhecimento com Fernando Pessoa, com quem edita a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro.
Júlio Dantas, médico, poeta, jornalista e dramaturgo, é a maior figura da intelectualidade da época e afirma que a revista é feita por gente sem juízo. Irónico, mordaz, provocador mesmo, Almada responde com o Manifesto Anti-Dantas, onde escreve: "…uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!"
O manifesto teve algum impacto no meio artístico; é tempo de mudar as mentalidades e a sociedade, e Almada fá-lo como poucos, atacando a cultura burguesa instituída e os seus representantes ao mais alto nível. Em 1917, escreve a novela A Engomadeira.
Em 1919, vai viver para Paris, onde exerce diversas actividades e escreve a Histoire du Portugal par coeur. Em Paris, fica apenas cerca de um ano e, quando regressa, vai colaborar com António Ferro, tendo inclusivamente desenhado a capa do livro deste, Arte de Bem Morrer. Faz também as capas da revista Presença, números 47 e 54.
Em 1927, volta a deixar Portugal, desta vez para Espanha, onde, além de colaborar com diversas revistas, escreve El Uno, Tragédia de la Unidad, obra dedicada à pintora Sarah Afonso, com quem viria a casar em 1934, já após o seu regresso a Portugal.


Painel "Ó terra onde eu nasci".
Autor do painel: Almada Negreiros, 1893-1970.

Em Portugal, vigora já o Estado Novo, e Almada, apoiante das ideias fascistas por influência do Futurismo italiano, começa a ser solicitado para colaborar com as grandes obras do Estado. O Secretariado da Propaganda Nacional – SPN, encomenda-lhe o cartaz de apelo ao voto na nova constituição; o mesmo SPN irá organizar mais tarde a exposição Almada – Trinta Anos de Desenho, convidando-o para se apresentar na exposição Artistas Portugueses, no Rio de Janeiro, em 1942.
Segundo refere Fernando Dacosta na sua obra Máscaras de Salazar (Lisboa, 2002), Almada Negreiros venerava o ditador António de Oliveira Salazar, Presidente do Conselho. Num espectáculo a que este assistiu no Teatro de S. Carlos, em Lisboa, Almada fez questão de o cumprimentar em pessoa. Salazar, que não simpatizava particularmente com ele, limitou-se a perguntar, em tom enfadado: «É o Sr. Almada?», e Almada Negreiros respondia, subservientemente: «Sou sim, Senhor Presidente. Muita honra, Senhor Presidente.»


Painel "Dom Fuas Roupinho, 1º Almirante da Esquadra do Tejo
ou o Milagre de Nossa Senhora da Nazaré".
Autor do painel: Almada Negreiros, 1893-1970.

Para a apreciação da controversa figura de Almada Negreiros, é útil recordar o seu seguinte escrito, igualmente citado por Fernando Dacosta: «Portugal é um país de pretos […]. Portugal, uma resultante de todas as raças do mundo, nunca conseguiu a vantagem de um cruzamento útil porque as raças belas isolaram-se por completo. É preciso criar a adoração dos músculos, é preciso educar a mulher portuguesa na sua verdadeira missão de fêmea para fazer homens. Fazei a Apoteose dos Vencedores, seja qual for o sentido, basta que sejam vencedores. Ajudai a morrer os vencidos. Portugal não tem ódios, ora uma raça sem ódios é uma raça desvirilizada.» Note-se que o autor destas afirmações – que, sem exagero, podemos considerar evocadoras do ideário nazi – tinha sangue negro (por parte da mãe).
O SPN viria ainda a atribuir a Almada Negreiros o Prémio Columbano pela sua tela intitulada Mulher.


«O Número»
1958
Tribunal de Contas de Lisboa

A partir daqui, Almada dedica-se principalmente ao desenho e à pintura: pinta os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que o público, agarrado às tradições, não aprecia; pinta o conhecido retrato de Fernando Pessoa, os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, pelas quais recebe o Prémio Domingos Sequeira; pinta o Edifício da Águas Livres e frescos na Escola Patrício Prazeres; pinta as fachadas dos edifícios da Cidade Universitária e faz tapeçarias para o Tribunal de Contas e para o Palácio da Justiça de Aveiro, entre muitos outros.


Painel "Quem não viu Lisboa não viu coisa boa".
Autor do painel: Almada Negreiros, 1893-1970.

Tendo colaborado tanto com o Estado Novo que a muita gente causou estranheza, Almada não deixaria de escrever: "As construções do Estado multiplicam-se, porém, as paredes estão nuas como os seus muros, como um livro aberto sem nenhuma história para o povo ver e fixar".


Em 1954, pinta o célebre retrato de Fernando Pessoa.

Os seus últimos trabalhos, já com 75 anos, são o Painel Começar na Fundação Calouste Gulbenkian e os frescos da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.
Almada Negreiros morre em 14 de Junho de 1970, de falha cardíaca, no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses em que também tinha morrido Fernando Pessoa.




OBRAS:
1915 - A Cena do Ódio (poesia) (eBook)
- A Engomadeira (novela) (eBook)
- O Sonho da Rosa (bailado, realização)
- Manifesto Anti-Dantas e Por Extenso (eBook)
1916
- Exposição Amadeo de Souza Cardoso - Liga Naval de Lisboa (eBook)
1917
- Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX (conferência, publicada na Portugal Futurista)
- K4, O Quadrado Azul (novela) (eBook)
1918
- O Jardim da Pierrette (bailado) (eBook)
1919
- Histoire du Portugal par Coeur
1921
- A Invenção do Corpo (conferência)
- A Invenção do Dia Claro (eBook)
1924
- Pierrot e Arlequim (teatro)
1925
- Nome de Guerra (romance), só editado em 1938
1926
- A Questão dos Painéis (ensaio)