A quadra natalícia não se resume a um ou dois dias, mas sim aos 12 dias que se situam entre o Natal e o dia de Reis e que já na Época Medieval assim o era.
Os postais de Natal surgiram por volta de 1844 e os pratos (sabores) de Natal têm origem Medieval. Cada país tem as suas comidas especiais para o Natal, sendo grande parte destas feitas com frutos secos, já que estes eram uma especialidade da Idade Média.
O azevinho era uma planta sagrada para os druidas, na cultura celta, daí que ainda hoje continue a ser muito procurada para arranjos e enfeites natalícios.
Nalguns países são atribuídos nomes às renas que puxam o trenó do Pai Natal, ou seja, na tradição anglo-saxónica existem oito renas: Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donder e Blitze. Posteriormente, acrescentou-se uma outra rena de nome Rodolph, que tem a particularidade de ter um nariz vermelho que brilha, logo ela é a rena que lidera no trenó, já que consegue iluminar o caminho.
A Missa do Galo, também conhecida por Missa da Meia-Noite, celebra-se devido ao facto de a tradição dizer que Jesus nasceu à meia-noite. Para os católicos romanos, este costume de assistir a esta Missa começou no ano 400. Nos países latinos, esta missa é chamada Missa do Galo, porque, segundo a lenda, a única vez que um galo cantou à meia-noite foi na noite em que Jesus nasceu. Outra lenda muito antiga diz que, antes de baterem as doze badaladas da meia-noite do dia 24 de Dezembro, cada lavrador da província espanhola de Toledo matava um galo em memória daquele que cantou três vezes quando Pedro negou Jesus, por altura da Sua morte. Depois a ave era levada para a igreja, a fim de ser oferecida aos pobres que, assim, que assim podiam ver melhorado o seu almoço de Natal.
A lenda do Pai Natal já é muito antiga. Começou nos países nórdicos onde uma pessoa se vestia de “Inverno” (com peles) e visitava as casas para oferecer comida e bebidas, porque achavam que assim a sorte abençoava a casa. Depois disto associou-se o Pai Natal (velho, gordo, alegre) à figura de São Nicolau, que era um bispo turco que ajudou pobres e crianças dando-lhes prendas e dinheiro, e assim nasceu a lenda de que São Nicolau oferecia presentes às crianças no dia 6 de Dezembro.
Só no século XIX é que um norte-americano descreveu em pormenor a figura do Pai Natal, sendo ele gordinho, velhote e alegre e que se deslocava de trenó com oito renas entrando pelas chaminés para oferecer prendas. Mas só nos anos 30 do século XX é que a figura do Pai Natal se tomou como hoje a conhecemos. Isto aconteceu porque a Coca-Cola criou um homem de barba, gordo, que era a sua imagem de marca do Inverno que ficou para sempre associado ao Pai Natal e a partir daí o Pai Natal começou a “vestir-se” de vermelho e branco que são as cores da Coca-Cola.
O acto de trocar presentes entre aqueles que estão mais próximos, é o mais antigo de todos os costumes do solstício do Inverno. As suas origens remotas podem ser seguidas até à Idade da Pedra Polida, há cerca de 10 mil anos, quando os seres humanos começaram a substituir a incerteza da vida caçadora, pelas garantias mais seguras da agricultura. O aparecimento da agricultura, traduziu-se pela primeira vez, num excedente de comida, o que tornou possível criar provisões de alimentos que ajudariam as pessoas durante os meses duros do Inverno. A troca de comida foi o costume original da troca de presentes no solstício do Inverno e transformou-se no núcleo central das festividades.
Todo o resto que se desenvolveu mais tarde e se centralizou á volta destes costumes.
Ao longo dos séculos, a gama de presentes aumentou, passando a incluir outras coisas além da comida. Os presentes dados às pessoas que se amam são símbolos de gratidão e reforçam os laços sociais.
Os Reis Magos são personagens que vieram do Oriente, guiados por uma estrela, para adorar o Deus Menino, em Belém. A designação de “Mago” era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos. Já o apelido de “Reis” foi-lhes atribuído em virtude da aplicação liberal que se lhes fez do Salmo 71,10. Ignora-se a providência dos Reis Magos, mas supõe-se que fossem da Arábia, tendo em conta os dons oferecidos (ouro, incenso e mirra).
Quanto ao número e nomes dos Reis Magos são tudo suposições sem base histórica. Foi uma tradição posterior aos Evangelhos que lhes deu o nome de Baltasar, Gaspar e Melchior. O dia de Reis celebra-se a 6 de Janeiro, partindo-se do princípio que foi neste dia que os Reis Magos chegaram finalmente junto ao Menino Jesus. Em alguns países é no dia 6 de Janeiro que se entregam os presentes (em espanha por exemplo).
A palavra “presépio” significa “um lugar onde se recolhe o gado, curral, estábulo”. Contudo, esta também é a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo, acompanhado pela Virgem Maria, S. José e uma vaca, por vezes acrescenta-se outras figuras como pastores, ovelhas, anjos, os Reis Magos, entre outros. A configuração plástica do nascimento de Jesus, ao que parece, surgiu por iniciativa de S. Francisco de Assis, em 1223.
Não é exagero dizer que em Portugal foram feitos alguns dos mais belos presépios de todo o mundo, sendo de destacar os realizados pelo o escultor Machada de Castro e os criados pelo barrista António Ferreira.
Actualmente, o costume de armar o presépio ainda se mantém em muitos países europeus.
O primeiro presépio foi feito na Igreja de Santa Maria em Roma. Rapidamente este costume foi alargado a outras igrejas. No entanto foi S. Francisco de Assis (1181-1226), o primeiro a representá-lo como a Bíblia descreve a natividade. Uma gruta, a manjedoura, animais e figuras esculpidas. Esta representação ganhou raízes e tornou-se popular em todo o mundo cristão. A Igreja Católica sempre deu muita importância à música. As músicas de Natal surgiram devido aos esforços católicos de retirar importância às músicas e danças pagãs. As primeiras músicas de Natal surgiram no século IV e ainda hoje são cantadas. No século XIX, surgiram muitas melodias de Natal de origem pagã. Cada país tem as suas próprias canções, uma das mais populares é a canção inglesa “White Christmas”, escrita por Irving Berlin em 1942, mas não é a única. Temos ainda o exemplo de “Silent Night, Holly Nigth”, composta na Áustria por Franz Grubet no século XIX, “Jingle Bells”, entre muitas outras. Portugal também tem as suas músicas de Natal, a mais conhecida é “Adeste Fidelis”, que tem a particularidade de estar escrita em latim. Aliás a fama desta música fez com se que se criasse uma versão sua em inglês, a também famosa “Oh Come, All Ye Faithful”.