quarta-feira, 28 de abril de 2010

JUNTA DE FREGUESIA DE MARVILA ORGANIZA PASSEIO MISTÉRIO 2010


PASSEIO MISTÉRIO 2010

15 e 22 de Maio

Saída da Junta de Freguesia às 8h00 com chegada prevista para as 20h30

Esta iniciativa foi aberta a todas as pessoas residentes na Freguesia, com idade igual ou superior a 60 anos, que possam movimentar-se com autonomia e participar neste passeio sem prejuízo da sua saúde.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS

domingo, 25 de abril de 2010

O 25 DE ABRIL DE 1974

Celebra-se hoje o DIA DA LIBERDADE, o dia 25 de Abril de 1974 marca o inicio da democracia em PORTUGAL. É certo que apenas tinha 3 anos quando se deu a revolução, e que as minhas memórias se resumem ao facto de a minha mãe me dizer a mim e ao meu irmão, recém nascido: "meninos venham para dentro" e de ouvir helicópteros. No entanto tenho muito respeito pelos homens que fizeram esta revolução, e por tudo o que ela significa.



Música: ZECA AFONSO

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987), mais conhecido por José Afonso[1] ou Zeca Afonso, foi um cantor e compositor português.
Oriundo do fado de Coimbra, foi uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa que se desenvolveu na década de 60 do século XX, José Afonso ficou indelevelmente associado ao derrube do Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974, uma vez que uma das suas composições, "Grândola, Vila Morena", foi utilizada como senha pelo movimento militar que instaurou a democracia, em 25 de Abril de 1974.





POEMA

As Portas que Abril Abriu
José Carlos Ary dos Santos

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.


Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.

Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.

Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.

Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.

Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.

Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.

Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação

uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.

Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.

Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.

Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.

Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.

Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.

E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.

Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.

Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.

Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.

Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril f
ez Portugal renascer.

E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.

Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.

Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.

Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.

Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.

Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.

E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.

E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.

A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.

Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.

E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.

Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.

Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.

E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.

Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.

Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.

Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.

Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.

Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.

Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.

Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.

E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.

Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.

E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.

Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.

Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.

Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.

Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.

Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.

Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!

Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.

Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram

das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.

Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.

E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.

Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser

pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.

No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!

É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.

Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.

Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.

Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!

Lisboa, Julho-Agosto de 1975





SALGUEIRO MAIA
Militar, capitão de Abril: 1944-1992

Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução dos Cravos. Filho de Francisco da Luz Maia, ferroviário, e de Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a escola primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluír o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria. Licenciou-se em Ciências Sociais e Políticas e em Ciências Etnológicas e Antropológicas.
Em Outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, dois anos depois, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Em 1968 é integrado na 9ª Companhia de Comandos, e parte para o Norte de Moçambique, em plena Guerra Colonial, cuja participação lhe valeu a promoção a Capitão, já em 1970. A Julho do ano seguinte, embarca para a Guiné, só regressando a Portugal em 1973, onde seria colocado na EPC.
Por esta altura iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de 1974 e do «Levantamento das Caldas», foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de carros de combate que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcello Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcello Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santa Margarida. Em 1984 regressa à EPC.
Em 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 1992, a título póstumo, o grau de Grande Oficial da Ordem da Torre e Espada e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de Abril de 1992.



CRAVO

O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Logo ao amanhecer o povo começou a juntar-se nas ruas, juntamente com os soldados revoltosos. Entretanto, uma florista, que levava cravos para um hotel, terá dado um cravo a um soldado, que o colocou no cano da espingarda. Outros o imitaram, enfiando cravos vermelhos nos canos das suas armas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

TEATRO EM MARVILA



O grupo de teatro TocÓPalco, do Centro Actividades Ocupacionais da APEDV, em parceria com o grupo de utentes do Centro Social Paroquial S. Maximiliano Kolbe‐ Lisboa apresenta:

"O BERGANTIM"
Dia: 18 de Maio de 2010
Hora: 15:00h
Local: Auditório Fernando Pessa - (Espaço Municipal da Flamenga)



“Bergantim é uma embarcação que levava trinta remos e era utilizado como elemento de ligação, exploração, como auxiliar de armadas ou em outros serviços do género. Era um navio escolhido pelos reis, e grandes senhores, para sua utilização em cerimónias”

Sinopse: Lisboa antiga pode ser apenas uma viela, uma casa onde cada coração faz coro com a vida na rua, os amores e
desamores, as tricas e intrigas, os pregões… Cada rosto é um poema, cada voz um verso porque a vida é um pregão
lançado ao coração… à rua que abençoa mas também amaldiçoa… todos pedem em viva voz!

Ficha técnica e artística:

Ideia original: Filomena Costa e Maria Luiz
Encenação e direcção de actores: Costa e Maria Luiz
Música Escolha do: Toc’Ópalco
Sonoplastia: Maria Luiz
Desenho e mesa de luz: Álvaro
Cenografia Figurinos Execução de adereços: Ana Martins e Alzira Moreira
Captação de imagem vídeo: João Braga e MEF
Interpretação: Cristina (Rosa Mª), Zé Maria (Chico); Mª. Paula (Júlia Florista), Jerónimo (Armandinho); Marco(Vasquinho), Alice(Rita); Rui (Toninho); Lurdes (Berta), Delminda (Dozinda); Lourenço(Concreto), Sara (Manecas).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

CORRER POR UMA BOA CAUSA


Dia 18 de Abril de 2010, domingo, pelas 10h00 da manhã, vai realizar-se na Av. Marginal em Oeiras, mais uma edição da Corrida Sempre Mulher, evento que tem como finalidade a angariação de fundos para a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama.
Pode participar a correr ou a caminhar e não há limites de idade.
Todo o percurso da corrida/caminhada decorre junto ao mar na Avenida Marginal, que vai ser fechada ao trânsito.
Para as crianças haverá um espaço com insufláveis a funcionar na praia de Santo Amaro.
O preço da inscrição é de 10€ por participante, e é assegurado transporte gratuito no dia da corrida, na CP (comboios urbanos de Cascais, Sintra Azambuja e sado) no Metropolitano de Lisboa, na Carris e na Fertagus, mediante a apresentação do número frontal)

PROGRAMA

Quinta-Feira, 15 de Abril de 2010
10.00h/20.00h
Entrega dos números frontais, t-shirts e sacos-mochila no Centro Comercial Oeiras Parque.

Sexta-Feira, 16 de Abril de 2010
10.00h/20.00h
Entrega dos números frontais, t-shirts e sacos-mochila no Centro Comercial Oeiras Parque.

Sábado, 17 de Abril de 2010
10.00h/20.00h
Entrega dos números frontais, t-shirts e sacos-mochila no Centro Comercial Oeiras Parque.

Domingo, 18 de Abril de 2010
09.15H
Abertura do Espaço CHICCO Criança (zona de insufláveis).

Inicio de Rastreio gratuito de acuidade visual da ESSILOR para participantes e público.
09.45h/09.55h

Aquecimento com aula colectiva de aeróbica no local de partida (actividade a cargo do VIVAFIT da Portela).
10.00h

Partida da Corrida Sempre Mulher.


ESCALÕES:


As inscrições podem ser feitas num dos seguintes escalões:

LYCIA MULHER (inscrição individual só para mulheres) ;

SERUM7 MÃE E FILHA(O)S;

AVÓ E NETA(O)S;

BARRIGUINHA (exclusivo para grávidas);

ESCALÃO DIESE TEAM FAMÍLIA (para toda a família);

TEAM BÉBÉ (para toda a família acompanhar o bébé);

ESSILOR TEAM SAÚDE (exclusivo para profissionais e estudantes de saúde);

ISLA TEAM UNIVERSITÁRIO (para estudantes pré-universitárias e universitárias e para todas as profissionais do Ensino Superior);

TEAM EMPRESA (para empresas, health clubs, clubes desportivos e grupos informais).

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O ANO EM QUE EU NASCI


RockYou FXText


CINEMA PORTUGUÊS
NOJO AOS CÃES
de António de Macedo



COM: Ana Leiria, Avelino Lopes, Clara Fiúza, Clara Silva, Eduarda Pimenta, Helena Balsa, Ilda Silvério, João Francisco Pestana e João Mário Mascarenhas.



SINOPSE: Uma equipa de televisão oficial vai fazer a reportagam de uma manifestação estudantil. Não se vê quem filma, somente o que é focado.
Os manifestantes dirigem-se por vezes aos técnicos, insultando-os devido às suas ideias retrógadas. Tenta-se uma identificação não-confortável entre aquele grupo da TV e o espectador conformista.


ANTÓNIO DE MACEDO

António de Macedo nasceu, em Lisboa, em 5 de Julho de 1931. No início da sua carreira, e durante alguns anos, exerceu a profissão de arquitecto que abandonou em 1964 para se dedicar ao cinema, à literatura, à pesquisa de músicas de vanguarda. Especializou-se na investigação das religiões comparadas, das tradições esotéricas, de história da filosofia e da estética audio-visual, da literatura fantástica e da ficção científica, temas que tem abordado em inúmeros colóquios e conferências, e em diversas publicações.

OBSERVAÇÕES: Proibido pela censura, por "perigoso e contrário aos interesses nacionais", havia ordens para excluir qualquer notícia sobre este filme. Seleccionado para o Festival de Cinema de Bergamo, António de Macedo foi confrontado pelas autoridades por o ter feito sair do país clandestinamente.
"Nojo aos Cães", rodado em 1970 com os estudantes do Grupo Cénico da Faculdade de Direito, de forma quase clandestina e proibido para exibição em Portugal, é a celebração de um happening, uma espécie de ritual catártico onde são questionados todos os temas que se relacionam com a condição de jovem e de estudante, dois anos depois de Maio de 1968 e um ano depois dos acontecimentos de Coimbra. Filme experimental, rodado directamente na película de cópia, em precárias condições financeiras, é o modelo de filme contestatário, que se pretende livre e libertador. António de Macedo preferiu esta forma a qualquer modelo de indagação documental, a qualquer forma de reportagem realista, mas o controlo dos materiais utilizados nem sempre é eficaz."

PRÉMIOS E FESTIVAIS:

Festival de Valladolid 1970 (Espanha) - Prémio Valores Humanos

Festival de Benalmadena 1970 (Espanha) - Prémio da Federação Internacional de Cineclubes (primeira apresentação ao público)

Festival de Bergamo 1970 (Itália)